Como trabalho com mobile há algum tempo, já cansei de ouvir perguntas do tipo: “Castelo, eu vou comprar um celular. Qual é o melhor?” e “Castelo, vou trocar de operadora. Que plano devo fazer?”. Nos últimos tempos, surgiu uma nova pergunta: “Castelo, como eu faço para usar o Twitter no meu celular?”.
Essa pergunta e as possíveis respostas para ela me motivaram a escrever este artigo. Voltando a pergunta acima, ela pode ter diferentes respostas:
- Acesse o m.twitter.com
- Baixe um aplicativo para o seu aparelho
- Utilize algum serviço de SMS
Um ponto interessante é que muitas dessas pessoas que me fizeram a tal pergunta, nunca haviam baixado um aplicativo para celular e o fizeram pela primeira vez por causa do Twitter. O mesmo acontece em relação ao acesso à internet móvel.
É aí que surgem novas perguntas: “Estou pagando por isso?”, “Quanto custa?”, “Tem também para o Facebook?”. O Twitter pode abrir as portas do mobile para muitas pessoas. Esse gráfico do Google Insights for Search pode deixar claro o que eu quero dizer. Os termos “aplicativo para celular” e “twitter celular” têm praticamente o mesmo volume de buscas nos últimos três meses.
Esse movimento me faz lembrar quando minha mãe começou a utilizar a internet. O computador sempre esteve ali, mas ela nunca deu bola! Até um belo dia em que a Ana Maria Braga começou a convocar suas telespectadoras a conferir as receitas do programa no site. Foi aí que eu ouvi: “Filho, como liga isso aqui? Preciso ver uma receita que vi no programa da Ana Maria hoje de manhã!”.
A partir daí minha mãe começou a conhecer e, posteriormente, navegar constantemente na internet. A Ana Maria está para o relacionamento da minha mãe com a internet assim como o Twitter pode estar para o relacionamento de muitas pessoas com aplicativos para celular e até a internet móvel.
Voltando as perguntas do primeiro parágrafo… Algumas das pessoas que as fizeram são anunciantes. Isso significa que, além de adquirir novos adeptos, o mercado de aplicativos e a internet móvel ficam muito mais visíveis para as marcas. Um bom exemplo disso é que, há um tempo, uma VP de uma grande empresa me perguntou como fazia para utilizar o Twitter em seu celular (um Blackberry, no caso). Indiquei um aplicativo para ela e mostrei como baixá-lo. Ela gostou muito e se surpreendeu com a facilidade do processo.
Resultado: em uma reunião, tempos depois, consegui vender facilmente uma proposta que contemplava um aplicativo e um site móvel. A marca entendeu a importância de ter o seu logotipo ali, no desktop do celular.
Porém, a batalha não acaba por aqui… Após a venda, novas questões começam a entrar em pauta: “Como as pessoas vão saber que meu App existe?”, “Que tipo de conteúdo ele deve ter?”, “Só da para fazer para iPhone?”, etc.
Em relação à distribuição, existem algumas possibilidades: bluetooth marketing, App Stores, pré-embarcar o aplicativo direto no celular, banners em sites móveis (ou outros aplicativos), distribuição via deck das operadoras, call-to-actions via SMS, etc. Já temos cases que exploram todos estes formatos por aqui!
Para quem pensa em desenvolver um aplicativo para iPhone, uma pesquisa da AdMob apresenta como os usuários do aparelho encontram aplicativos. Busca, navegação pelos top aplicativos ranqueados e o “boca-a-boca” ocupam as três primeiras posições, respectivamente.
A divulgação está longe de ser o único ponto de atenção para uma marca que procura lançar um aplicativo para celular. Alguns outros pontos merecem destaque:
- Apesar de você “oferecer” o aplicativo gratuitamente, o usuário, muitas vezes, precisará pagar pelo tráfego de dados (e em alguns aparelhos, configurar a conexão);
- Pense bem quais os aparelhos que você vai “portar” o aplicativo. Vale lembrar que temos entre 200 e 500 mil iPhones no Brasil. E os outros 160 milhões? Em alguns casos, portar o aplicativo para 600 aparelhos deveria ser o padrão;
- Guarde um dinheiro para a manutenção do aplicativo. Novas funcionalidades e novo porting podem ser obrigatórios para o sucesso dele;
- Em vários casos é melhor fazer um site móvel do que um aplicativo (é mais barato e mais rápido o desenvolvimento/manutenção);
- Não esqueça! No iPhone, a Apple precisa aprovar o seu aplicativo e no Blackberry, a navegação é “diferente”, em virtude da navegação pela “bolinha”;
- Cuidado! Em vários celulares, os aplicativos com mais de 100Kb não funcionam.
O último ponto, talvez o mais óbvio, mas com certeza o mais importante, é que o conteúdo deve ser relevante. O usuário precisa ter vontade de abrir o seu aplicativo! A competição no “hardware” é extremamente dura! (veja o desktop do meu aparelho na imagem abaixo).
O Twitter no celular pode ser a porta de entrada para o relacionamento de diversos usuários com diversas features do celular. Hoje eu falo do Twitter, amanhã pode ser uma nova rede social ou até a Ana Maria Braga divulgando receitas pelo celular. Fato é que cada vez mais pessoas com diferentes perfis estão ampliando o seu campo de relacionamento com seus celulares. Você já está preparado?
Publicado no Webinsider
Marcelo Castelo (twitter.com/mcastelo) é sócio da F.biz e editor-chefe da Mobilepedia.
Essa pergunta e as possíveis respostas para ela me motivaram a escrever este artigo. Voltando a pergunta acima, ela pode ter diferentes respostas:
- Acesse o m.twitter.com
- Baixe um aplicativo para o seu aparelho
- Utilize algum serviço de SMS
Um ponto interessante é que muitas dessas pessoas que me fizeram a tal pergunta, nunca haviam baixado um aplicativo para celular e o fizeram pela primeira vez por causa do Twitter. O mesmo acontece em relação ao acesso à internet móvel.
É aí que surgem novas perguntas: “Estou pagando por isso?”, “Quanto custa?”, “Tem também para o Facebook?”. O Twitter pode abrir as portas do mobile para muitas pessoas. Esse gráfico do Google Insights for Search pode deixar claro o que eu quero dizer. Os termos “aplicativo para celular” e “twitter celular” têm praticamente o mesmo volume de buscas nos últimos três meses.
Esse movimento me faz lembrar quando minha mãe começou a utilizar a internet. O computador sempre esteve ali, mas ela nunca deu bola! Até um belo dia em que a Ana Maria Braga começou a convocar suas telespectadoras a conferir as receitas do programa no site. Foi aí que eu ouvi: “Filho, como liga isso aqui? Preciso ver uma receita que vi no programa da Ana Maria hoje de manhã!”.
A partir daí minha mãe começou a conhecer e, posteriormente, navegar constantemente na internet. A Ana Maria está para o relacionamento da minha mãe com a internet assim como o Twitter pode estar para o relacionamento de muitas pessoas com aplicativos para celular e até a internet móvel.
Voltando as perguntas do primeiro parágrafo… Algumas das pessoas que as fizeram são anunciantes. Isso significa que, além de adquirir novos adeptos, o mercado de aplicativos e a internet móvel ficam muito mais visíveis para as marcas. Um bom exemplo disso é que, há um tempo, uma VP de uma grande empresa me perguntou como fazia para utilizar o Twitter em seu celular (um Blackberry, no caso). Indiquei um aplicativo para ela e mostrei como baixá-lo. Ela gostou muito e se surpreendeu com a facilidade do processo.
Resultado: em uma reunião, tempos depois, consegui vender facilmente uma proposta que contemplava um aplicativo e um site móvel. A marca entendeu a importância de ter o seu logotipo ali, no desktop do celular.
Porém, a batalha não acaba por aqui… Após a venda, novas questões começam a entrar em pauta: “Como as pessoas vão saber que meu App existe?”, “Que tipo de conteúdo ele deve ter?”, “Só da para fazer para iPhone?”, etc.
Em relação à distribuição, existem algumas possibilidades: bluetooth marketing, App Stores, pré-embarcar o aplicativo direto no celular, banners em sites móveis (ou outros aplicativos), distribuição via deck das operadoras, call-to-actions via SMS, etc. Já temos cases que exploram todos estes formatos por aqui!
Para quem pensa em desenvolver um aplicativo para iPhone, uma pesquisa da AdMob apresenta como os usuários do aparelho encontram aplicativos. Busca, navegação pelos top aplicativos ranqueados e o “boca-a-boca” ocupam as três primeiras posições, respectivamente.
A divulgação está longe de ser o único ponto de atenção para uma marca que procura lançar um aplicativo para celular. Alguns outros pontos merecem destaque:
- Apesar de você “oferecer” o aplicativo gratuitamente, o usuário, muitas vezes, precisará pagar pelo tráfego de dados (e em alguns aparelhos, configurar a conexão);
- Pense bem quais os aparelhos que você vai “portar” o aplicativo. Vale lembrar que temos entre 200 e 500 mil iPhones no Brasil. E os outros 160 milhões? Em alguns casos, portar o aplicativo para 600 aparelhos deveria ser o padrão;
- Guarde um dinheiro para a manutenção do aplicativo. Novas funcionalidades e novo porting podem ser obrigatórios para o sucesso dele;
- Em vários casos é melhor fazer um site móvel do que um aplicativo (é mais barato e mais rápido o desenvolvimento/manutenção);
- Não esqueça! No iPhone, a Apple precisa aprovar o seu aplicativo e no Blackberry, a navegação é “diferente”, em virtude da navegação pela “bolinha”;
- Cuidado! Em vários celulares, os aplicativos com mais de 100Kb não funcionam.
O último ponto, talvez o mais óbvio, mas com certeza o mais importante, é que o conteúdo deve ser relevante. O usuário precisa ter vontade de abrir o seu aplicativo! A competição no “hardware” é extremamente dura! (veja o desktop do meu aparelho na imagem abaixo).
O Twitter no celular pode ser a porta de entrada para o relacionamento de diversos usuários com diversas features do celular. Hoje eu falo do Twitter, amanhã pode ser uma nova rede social ou até a Ana Maria Braga divulgando receitas pelo celular. Fato é que cada vez mais pessoas com diferentes perfis estão ampliando o seu campo de relacionamento com seus celulares. Você já está preparado?
Publicado no Webinsider
Marcelo Castelo (twitter.com/mcastelo) é sócio da F.biz e editor-chefe da Mobilepedia.
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