segunda-feira, 23 de agosto de 2010

AS IMAGENS DOS CANDIDATOS AO GOVERNO DO PARÁ

Por Dornelio da Silva
Especialista em Marketing Político





Mês de agosto é o mês que, de fato, as pessoas começam a se envolver emocionalmente com a campanha política. E, os candidatos, seus assessores, seus marketeiros, baseados em pesquisas quali-quanti se debruçam, buscando as melhores estratégias para conquistar o voto do  eleitor. Agosto é o mês que começa o palanque eletrônico, é o momento em que os candidatos podem se expor em imagem pessoal e em propostas mil para resolver os graves problemas do povo paraense.
A partir da percepção da população paraense, captada através de pesquisas quantitativas exploratórias, inicio uma série de três artigos analisando a imagem dos três principais candidatos ao cargo de governador do Estado do Pará.
Na berlinda: ANA JÚLIA
Como a Governadora Ana Júlia Carepa é vista pela população do Pará? O que vem a mente deste povo quando se fala o nome de Ana Júlia?
 Em novembro de 2009, o tamanho da imagem Positiva de Ana era de apenas 23%. Oito meses depois sua imagem positiva subiu para 27%. Agora, quando se trata de imagem Negativa, o índice em novembro de 2009 era de 65%. Oito meses depois esse índice caiu para 52%.
E quais os conceitos, as palavras que foram ditas pela população para formar a imagem Positiva e a Negativa?
Os principais conceitos que estão no imaginário da população formando, neste momento, os 27% de imagem positiva e que obtiveram índices acima de 1,5% são conceitos um tanto quanto genéricos, “mãe/mulher/cidadã”, “boa pessoa”, “legal/bacana”; outros relacionados ao seu governo, “fez um bom governo”, “governadora”, “trabalhadora”, “bolsa trabalho”, “educação”, “administradora”; apareceram também alguns conceitos mais eufóricos, como “aguerrida/persistente”, “ótimo”, “excelente”. Como se percebe são poucos os conceitos positivos atribuídos à Governadora Ana Júlia, e os que aparecem são conceitos bem genéricos e vagos sem muita expressividade.  Não existe uma imagem forte que possa brilhar e sobressair no imaginário da população.
E o que as pessoas falam negativamente quando se pronuncia o nome Ana Júlia?     
Como o índice permanece, ainda, alto, 52%, os adjetivos atribuídos a governadora são fortes. Existe um sentimento de revolta/ decepção/arrependimento no seio da população que a percebe negativamente. Dos 52% de imagem negativa, 32% vêem Ana Júlia como “péssima/ ruim/ negativa/ não presta/piorou/fracasso”.  Há uma parcela de 7% desse universo que estão “decepcionados/frustrados/arrependidos” com Ana Júlia. Outros 5% quando falam em Ana Júlia, não vêem “nada/ indiferente/ um político comum”.
Para 5% a governadora “deixou a desejar/não fez muita coisa/esperava mais”. A “tristeza/o desgosto/a insatisfação” domina 4% dos que detém imagem negativa da governadora. O sentimento de “raiva/revolta” permeia, também, 5% desse universo negativo.
Saindo um pouco da questão pessoal e entrando mais na administrativa, 3% afirmam que “falta competência/ incapaz/ inexperiente/ inoperante/ despreparada”. Seguindo essa linha, 2,5% consideram Ana Júlia “má administradora/não gosta do seu trabalho”; outros 2% dizem que ela “não fez nada pelo estado/falta vontade”. Ainda nessa linha, 2% afirmam que Ana Júlia foi “maior burrice desse Pará/pior governo do Pará/pior administração”. Partindo para conceitos mais agravantes, 3% acham que ela “rouba/é ladra”. Baixando mais o nível, uma parcela da população que tem imagem negativa, 3% consideram Ana Júlia “safada/ cínica/ pilantra/ vagabunda/ vadia”. Outros vão além, afirmando que ela é uma “merda/bosta/porcaria”, 2%. Mais 2% desse universo negativo consideram Ana Júlia “horrível/Ave Maria!!!!/Pelo amor de Deus!!!”, tudo isto para expressar a decepção com a Governadora. Nesse contexto mais pessoal, 1% considera a governadora “mentirosa/falsa”, “louca/perdida”, “só quer fazer plásticas/botox”, “vontade de vomitar”, “insuportável”,  “pau mandada”.
Como se percebe, o sentimento negativo está aflorado na mente da grande maioria da população do Estado do Pará, demonstrando com isso que a imagem de Ana Júlia está manchada, tendo, portanto dificuldades de reversão do quadro num momento de plena campanha eleitoral. Para limpar, demandará tempo e ações permanentes sendo canalizados neste tecido social que impera a decepção, o arrependimento, a frustração.
O próximo a ficar na berlinda será o candidato Jatene. Aguarde.


Leia o Segundo Artigo.

3 comentários:

  1. Prezado Blogger, com base em que o sr. chegou a estes percentuais? qual foi a metodologia utilizada?

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  2. Prezado Fábio, chegamos aos percentuais, baseado em pesquisa quantitativa realizada em todo o estado do Pará. Metodologia que utilizamos no estudo é quantitativa domiciliar com distribuição proporcional às 12 mocrorregiões do Estado, tendo uma margem de erro na pesquisa de 2,5 p.p.

    Obrigado.
    Dornelio.

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  3. Penso eu que o erro do PT paraense foi descartar companheiros de lutas e optar pelo pragmatismo da maquina e de alianças partidárias. Hoje a governadora não tem apoio de lideranças comunitárias e dos movimentos sociais.

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