sábado, 2 de outubro de 2010

OS NÚMEROS DO SENADO E PROPORCIONAIS DO PARÁ EM DISCUSSÃO

Por Dornélio da Silva


Permita-me, amigo prof. Edir, entrar na discussão, especialmente no que informa a pesquisa da UFPA, publicada nesta sexta-feira,a respeito do senado e da intenção voto para deputado estadual e federal.

Primeiro detemo-nos ao senado: algo estranho paira na metodologia da pesquisa ou na aplicação ou na formulação da pergunta para coletar os dados para o senado. A pesquisa coletou os dados entre os dias 24 e 28 de setembro, praticamente uma semana antes do pleito do dia 3 de outubro. Portanto, é inconcebível que tenhamos um percentual tão grande de eleitores que não definiram seus candidatos. Afirmo isso não por achismo ou movido por paixões políticas, mas a partir de dados que possuo de pesquisas eleitorais realizadas em todo o Estado do Pará. Realizamos três rodadas de pesquisas estaduais: julho, agosto e setembro. A última coincidindo no mesmo período de campo da UFPA. A tendência é diminuir o número de indecisos à medida que se aproxima o dia “D”. Em julho, no primeiro voto para o senado, a somatória de brancos/nulos/indecisos indicava 32%; em agosto, diminui para 23%; já em setembro (23 a 28), esse índice cai para 13%. No segundo voto, apesar de serem altos esses índices, no entanto mantém-se a tendência de queda. Vejamos: em julho era de 58%; em agosto cai para 52% e em setembro reduz-se para 32%. Verifique que há uma tendência que é normal, a medida que há a aproximação da eleição.

Na pesquisa UFPA – última -, brancos/nulos/indecisos somam 32% (mesmo primeiro voto é alto) quando a tendência, como se viu, já era para estar menos que 15%. No segundo voto esse índice é altíssimo: 59%. Historicamente não tem acontecido essa tendência. A UFPA captou essa quebra histórica ou os outros institutos mantiveram a tendência da opinião pública.

Amigo Edir, 60% dos eleitores a menos de uma semana não sabiam, ainda, em quem votar para deputado estadual ou federal, é um índice demasiadamente alto para os padrões históricos de pesquisas eleitorais realizadas ao longo dos anos no Pará. A uma semana das eleições, esses índices variam entre 25% a 30%. Temos o acervo histórico. Será que nesta eleição essa tendência foi quebrada?

Veja a Pesquisa da UFPA.

Nenhum comentário:

Postar um comentário