Lembram da história da história do prefeito que baseado em dados de pesquisa resolveu demitir o secretário de saúde ao vivo pela rádio da cidade? Pois bem, vamos continuar essa história.
O prefeito contratou uma nova pesquisa que imaginava, pelas ações que desenvolveu (visitou feiras, mercados, distribuiu cestas básicas, doou filtros de água, dentre outras “obras” populistas), que estaria bem avaliado pela população e, assim, estaria pronto para se candidatar a reeleição. Pesquisa concluída. Prefeito me chama! Imaginei que iria apresentar em sua cidade, não, foi novamente em Brasília. Agora, me levou para um clube, ao invés de wisky, tomamos cerveja. Curiosidade demais, foi logo inquirindo: vamos me diga, como estou? – Calma, prefeito, vamos por parte. Apresentei os dados iniciais, analisando em detalhes. Depois fomos para a avaliação de governo. A situação do prefeito estava pior do que antes. E haja cerveja! Tomava, tomava copos cheios, virava mesmo! Quando chegamos nos apoios políticos, pior ainda. Ninguém votava em candidato apoiado por ele. Em relação à sua imagem, nem pensar! Estava manchada, estupidamente negativa! Ele havia se comprometido com um senador do seu partido que iria “passar” o relatório. Pegou da minha mão e foi direto à página em que seu apoio a candidatos tirava voto. Me disse: “essa página não” e, simplesmente rasgou, tirando a página do relatório. Já exausto de tanta notícia ruim me pediu um conselho: “E então, que faço? O que você me diria?”. Espreguicei-me na cadeira, tomei mais um gole de cerveja e disse: “prefeito, o Sr. tem pretensões políticas, por exemplo, de se candidatar futuramente a candidato a deputado estadual ou federal?”. Ele respondeu prontamente que sim. Então, disse: “O Sr. Vai gastar muito e não vai se reeleger, melhor coisa que o Sr. Faz é desistir de sua candidatura, guarde seu dinheiro pra investir numa futura candidatura a deputado”. Ficou pensativo, tomou mais uns copos de cerveja, silêncio.... depois de olhar para os céus, para a piscina, para o relatório me disse: “vou pensar, amanhã é outro dia”. Voltei a Belém. No dia seguinte me liga: “não vou me candidatar, acho que você tem razão, vou guardar meu dinheiro”.
continua...
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